O Mariscal

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Ópera galega reestreada em versão de concerto sob a batuta
do diretor e compositor Joám Trilho Pêres, académico da AGLP

Isabel Rei Sanmartim - Era nos tempos da espada e o brasão. Uma maldição tinha caído sobre o país e a dor que padeciam as gentes fermentava em amargos pesares. Os rios desciam roxos e as brêtemas agoiravam a cada jornada maliagens e desgraças.

O forte Marechal vestia os seus carvalhos com a pele dos vassalos rebeldes e brindava em cuncas de ouro celebrando a saúde dos seus primos, os Reis Católicos, e dos primos dos seus primos, todos fortes e católicos senhores. Até que numa fria manhã de dezembro os mesmos fizeram rodar a sua cabeça pelo tapete pétreo de Mondonhedo.

Depois os primos passaram a ocupar o lugar do Marechal. As gentes que os ajudaram continuaram a ser governadas por eles. E às noites sentiam o duro brilho do gume bater nas portas, como se o Marechal regresasse do além para levá-los subitamente aos ermos de Castela ou da Flandres.

Mas uma vaga curativa de canções e romances estendeu-se logo por todo o país e durante séculos, de feira em feira, e de romaria em romaria, as bocas sorridentes dos anónimos troveiros explicaram o acontecido em rapsódicos arpejos a ludiar os sofrimentos daquelas altas e baixas personagens:

...de mim a triste Frouseira
que por traição foi vendida
derrubada na ribeira
que jamais se viu vencida...

E tempo depois o poeta Cabanilhas fez os seus versos, que é da música do povo da que mais se aprende. Se, como dizia uma, o povo é a gente, quem é poeta da gente é porque bebeu dos cantares populares.

Hoje quase ninguém se lembra do Marechal, acontece diverso com os católicos regentes, protagonistas em todos os livros de história. Mas no fundo não se sabe com certeza o que de verdade aconteceu entre Toledo e a Frouseira. Ficam só as melodias testemunhando a boca da gente, essa boca que nunca cala apesar de não sempre ouvirmos a sua voz. Viva, desliza a sua mensagem pelos corredores do tempo e sussurra os segredos de outras idades. Preciso é estar atento para entender a voz que sempre canta.

Ramão Cabanilhas esteve atento quando junto com Antão Vilar Ponte escreveu a magnífica obra de teatro O Mariscal: lenda trágica em verso, obra mestra do teatro galego, publicada primeiro na Lar em agosto de 1926, e depois em segunda edição pela Nós também de Ângelo Casal, em abril de 1929.

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Capas de Lar (1926) e Nós (1929)

A versão operística, realizada pelo arquiteto e músico Eduardo Rodrigues Lousada (1886-1973) foi estreada em 1929 e a partitura nunca foi editada. A representação, em que colaboravam mais de setenta músicos, visitou várias cidades galegas. A ópera, grandiosa, em estilo wagneriano, com instantes de expressionismo galego e longos recitativos, foi representada no seu dia por cantores e intérpretes amadores num ambiente rico em atividade artística, operística, teatral, política e literária, ao tempo que transido por uma forte oposição à divulgação de obras na língua nativa.

Foi assim que a ópera encontrou muitas dificuldades para a sua estreia. E não tanto pelas exigências do libreto quanto por essa mão escura que esmaga as oportunidades de mostrar no seu esplendor a opinião dos poetas.

O libreto foi elaborado pelo compositor da música seleccionando fragmentos da obra original e os cenários da representação foram desenhados por Camilo Dias Valinho. Numa resenha do boletim Nós pode ler-se, da provável mão de R. Outeiro Pedraio, uma síntese do trabalho coletivo que a ópera significou:

«O poeta trabalhou-na em versos de flama, de metal e de sangue; Vilar deu-lhe o ritmo cénico preciso pra fazê-la sentir pelo público de hoje e de amanhã. Lousada, a fundura e a perspetiva orquestral; Camilo, a plástica das paisagens e dos interiores».

A estreia do Mariscal, Nós, Ourense, n.º 66, 15.06.1929

A estreia foi um sucesso que provocou excelentes críticas na imprensa da época. Porém, depois da gira inicial não voltou a haver mais representações. Só alguma interpretação isolada em versão de concerto anos mais tarde. Para a representação de teatro também houve que aguardar um tempinho, até 1994, ano em que se realizou na modalidade de teatro de bonecos, no IES Francisco Assorei de Cambados.

Parece que a figura do Marechal galeguista ao estilo das Irmandades da Fala não era do gosto das autoridades de nenhuma época entre 1929 e 1994. Seria pelo sambenito de anti-castelhano que lhe puseram a começo do século? Pela sona popular que atingiu o massacre da Frouseira? Por causa do inevitável parentesco do Marechal com os seus degoladores? Ou seria pelas exortações galeguistas de algumas partes da obra que inflamavam as platéias? Em qualquer caso, e apesar de que ainda há maliagens nos ventos do Leste e os notáveis brindam em copos de ouro à saúde dos seus primos, justo é dizer que em 2010 conseguiu-se, depois de oitenta e um anos, reestrear a ópera.

Aconteceu nos passados dias 18 e 19 de novembro do ainda presente ano 2010. A ópera galega O Mariscal apresentou-se em Vigo e na Crunha, em versão de concerto. A interpretação, que contou com a colaboração de três cantores galegos, Teresa Nóvoa (soprano), Pablo Carbalhido (tenor) e Xavier Franco (barítono), foi realizada pela Orquestra Sinfónica de Galiza sob a batuta do diretor e compositor galego Joám Trilho Pêres.

Nota: a versão de concerto de uma ópera é aquela em que faltam os elementos da representação teatral: encenações, vestuário e interpretação das personagens. Os músicos situam-se no palco como num concerto normal e interpretam uma seleção de fragmentos da obra original. Neste caso Joám Trilho realizou essa seleção sobre a obra musical de Lousada.

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Fragmento da redução para piano do Prelúdio da ópera O Mariscal em edição particular de Joám Trilho

(Clicar em cima da imagem para ampliar)

Caia a chuva a caldeiros quando no Teatro Colom da Crunha começava o concerto. As madeiras policromadas da sala fundiam-se com as brumas do palco, ressaltando os músicos iluminados pelos focos e a curiosidade dos presentes.

«Ainda há ocos no teatro. Que se lhe vai fazer? Apesar dos jornais e dos anúncios, muita gente alfabeta tem os sensos fechados. Por outra parte, a gente bien... Mas somos tão rotineiros que inda nos lembramos da gente bien

A estreia do Mariscal, Nós, Ourense, n.º 66, 15.06.1929

Também desta volta muita gente alfabeta continuava a ter os sensos fechados. O teatro não estava cheio. Contudo, como afirmava noutro lugar Vilar Ponte, o público era seleto e eu diria que numeroso. Mas para não sermos tão rotineiros, não lembraremos a gente bien.

A seguir do prelúdio orquestral, vibrava a voz do barítono que punha som à voz do poeta, encarnando o cego trovador da grande história:

Em tempos romeiro, e em tempos soldado,
de moças belidas segrel namorado,
cantor de façanhas ao modo troveiro,
dos velhos rapsodos sou filho e herdeiro...

Ao chegar o descanso, depois da despedida entre Elvira, vassala galega, e Amaro, soldado castelhano encarregado da traição ao Mariscal, o público deixou repousar as intrigas pacegas e abandonou os assentos e o silêncio: No libreto, as duas colunas estavam cheias de gralhas em ambas as línguas, publicadas em papel satinado com a ajuda de numerosos e famosos patrocinadores institucionais. A evidência ficava ainda maior ao ouvir os cantores, pois eles pronunciavam as palavras certas que, por cima, toda a gente entendia. Mas no libreto as saudades viravam “saudables” e, naturalmente, “saludables”, em vez dos velhos rapsodos havia “dous lanuxes rapsodos”, no paço ficou “non pazo”, e assim por diante. Era como se os prístinos versos de Cabanilhas tivessem passado pela trituradora de vários corretores automáticos. Quem seria o responsável da desfeita?

Na segunda parte fizeram fragmentos do segundo e do terceiro ato, onde se ouviu a formosa ária de Joana, filha do nobre de Castrodouro, e acabou-se com a intervenção da céltica Velha, a representar a sabedoria do muito antigo e a abençoar com Graal pagão os que iam ser vítimas da justiça católica e real. No fim do concerto o público desatou a aplaudir e diretor e cantores saíram ao palco várias vezes, partilhando as honras com os integrantes da excelente orquestra.

No meio dos bravos o diretor levantou por duas vezes a partitura de Lousada em reconhecimento do autor, sem reparar em que, com esse gesto, partitura e diretor elevavam-se mutuamente sobre o acompassado bater do público. Joám Trilho pretendia, como Vilar Ponte em 1929, passar despercebido perante a calorosa salva de palmas que agradecia a sua cuidadosa interpretação e empenho na organização do concerto.

Já de volta para Compostela, sob a chuva incesante que caia da noite negra, entanto rebuliam no corpo as impressões do momento pareceu-me volver a ouvir a voz da soprano no último alalá, que na versão encenada seria cantado fora do cenário, como caminhando para um lugar distante a modo de despedida:

Manselinho branco orvalho
que pôs báguas na erva mol...

Orvalhinho que o ar abala
como um pano que di «adiós»...

Os sucessos de 1483 tiveram muitas repercussões na Galiza. E não foi a menor a de que poetas, músicos e artistas, conhecidos e anónimos, enxugaram através dos tempos aqueles prantos com a sua voz inextinguível.

Mas, é que alguém tinha que cantá-lo...

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Quero agradecer a Joám Trilho, maestro e académico da AGLP, o ter-me recebido na sua casa e conversado sobre o seu trabalho na ópera de Lousada, bem como toda a informação que amavelmente me forneceu.

Para uma melhor e maior explicação de todos os acontecimentos relacionados com esta obra veja-se o livro de Emilio Xosé Ínsua López Sobre O Mariscal, de Cabanillas e Villar Ponte, UDC, 2005, de onde tirei grande parte dos dados referidos nesta resenha.

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Crónicas do Brasil (I): Compostela - Brasília - São Paulo

ImageIsabel Rei (*)

Era meio-dia e chegadas de Compostela duas mulheres arrastavam pelas viguesas ruas uma pesada caixa cheia de livros. As malas que também levavam incomodavam um pouco ao subir e descer dos meios de transporte. Mas eram duas e estavam decididas. Como todo o mundo sabe, duas mulheres decididas podem conseguir qualquer cousa, ainda que o seu propósito naquele momento era tão só chegar ao Sá Carneiro do Porto para apanhar um voo a Lisboa. 

No aeroporto juntava-se uma parte da comitiva que voava para a capital portuguesa a se reunir com os outros acompanhantes, os quais, provenientes de diversos lugares do mapa oficial português, completariam o grupo e juntos embarcariam no aéreo que os transportaria, atravessando quase dez atlânticas horas de oceano, até Brasília, capital da República Federativa do Brasil.

Alvorada do Brasil (Guarulhos)

Alvorada do Brasil (Guarulhos)

As galegas Concha e Isabel pisavam terra brasileira de manhã, muito cedo, no aeroporto de Guarulhos junto dos açorianos e os outros galegos do Sul que conformavam a Comitiva Oficial dos Colóquios da Lusofonia. Convidadas pelo governo brasileiro preparavam-se para participar na Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, organizada pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a se celebrar no palácio Itamaraty entre o 25 e o 27 de março.

Nada mais chegar ao hotel a sequência foi tomar banho, vestir-se e sair correndo para o Itamaraty, onde essa mesma manhã teria lugar a Recepção Oficial e a sessão inaugural do evento com a participação dos elementos diplomáticos de vários países lusófonos.

Conferência no Auditório do Itamaraty

Conferência no Auditório do Itamaraty

Depois do almoço iniciaram-se as palestras. E foi durante o espaço destinado às perguntas que começou o movimento das galegas: Distribuídas segundo a disposição do programa, o qual indicava duas salas de conferências simultâneas, intervieram em seis ocasiões, apresentando a Academia Galega da Língua Portuguesa e denunciando a situação linguística da Galiza.

A recepção das suas intervenções foi excelente, tornou-se comum a todas elas uma forte salva de palmas no fim da alocução e, a seguir, conversa e troca de contatos com as pessoas, numerosas, que ficavam interessadas.

Intervenção de Concha Rousia, sala San Tiago Dantas

Intervenção de Concha Rousia, sala San Tiago Dantas

A atividade despregada deu assim produtos extraordinários, sobretudo se temos em conta que o trabalho era feito desde a total falta de apoio governamental galego ou espanhol, de maneira voluntária e sem mais recompensa que a da presença galega nesses foros onde se debateu, ao mais alto nível, o futuro mundial da Língua Portuguesa. Essa presença significou a continuação da mantida no passado em duas ocasiões (Rio de Janeiro, 1986 e Lisboa, 1990) pela Delegação de Observadores da Galiza, reiteradamente ignorada, desprezada e silenciada na nossa terra, mas da que tinham conhecimento e lembrança os diplomatas lusófonos.

Brasília

Brasília

As idas e vindas do hotel ao Itamaraty davam para tirar alguma foto e repor forças no shopping ao lado. Brasília é uma capital jovem que cumpre cinquenta anos em abril de 2010 e foi construída organizadamente: os residenciais numa zona, os edifícios administrativos noutra, os hotéis noutra diferente. As diferentes zonas estão comunicadas por o que para os galegos seriam grandes autoestradas de várias faixas de circulação e para os brasileiros são estradas normais, necessárias para sustentar o volume de viaturas que diariamente cruzam a cidade. A aparência dos arranha-céus ao longe tocados de brancas nuvens demorando-se maininho no céu brilhante tem a ver com o grande espaço que a cidade contém, as ruas amplas, a atividade nos centros comerciais e a vida ultramoderna que, em geral, vivem os seus habitantes.

Depois da adrenalina empregada nos dous dias de congresso, e felizes com os resultados, lá foram as galegas e toda a Comitiva dos Colóquios para Guarulhos novamente, pegar um voo a São Paulo de manhã e assim poder cumprir com a visita guiada ao Museu da Língua Portuguesa.

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No trajeto do aeroporto paulistano ao Museu, sito na céntrica Estação da Luz, tiveram a sorte de ser conduzidas por um espectacular taxista nordestino que explicou extenso e irónico as vicissitudes da política brasileira, entanto eram acompanhadas pelo longo rio Tietê que junto delas ouvia o relato sem desviar-se do percurso, diz que em direção contrária ao mar...

O formoso Museu da nossa língua ocupava uma parte do antigo edifício da estação de trem e oferecia projeções de vídeo, painéis explicativos da história das línguas, jogos interativos, exposição de erros comuns entre os falantes de língua portuguesa, e havia muita música e poesia. Uma projeção audiovisual mostrava um planetário em que os poemas apareciam e se entrelaçavam em cúmulos, nebulosas e constelações de estrelas. O Museu mostrava o universo da língua a se abrir aos presentes, onde ainda chegava a luz da remota Martim Codax, gigante vermelha dos céus da arte antiga, molhando o coração brasileiro com as águas do mar de Vigo.

Mas fora isso, observaram as galegas pouca Galiza. Não lhes chegou a que havia. O Museu tinha Galiza medieval, mas não havia nada de como os galegos foram submetendo a sua cultura aos ditados alheios, nem havia notícias do hoje, dia em que a Galiza observa altos cargos e professores universitários a debaterem se o Galego deve morrer cozido ou assado.

Painel no Museu da Língua Portuguesa

Painel no Museu da Língua Portuguesa

Pois, entanto cozidos ou assados, duas mulheres puseram os pés em Brasília, capital do Brasil, potência emergente, titã da poderosa língua dos galegos, cheia de variados acentos e sotaques, o netinho galego mais querido. Lá falaram as galegas com bom senso e correção idiomática, e foram ouvidas por embaixadores, ministros e outros diplomatas. Partilharam almoços e conversas com todo tipo de pessoas que as abraçaram e trataram como iguais por fazer o que é natural nos galegos: cultivar e defender a nossa língua que ali chamam, sem nenhum preconceito, de língua portuguesa ainda que o número de cidadãos portugueses seja ridículo em comparação com o total de falantes da língua, que vai dos descendentes de todos os cantos da Europa até aos índios guaranis passando pela população de ascendência africana. Todos falando galego, com acento, isso sim.

O mundo está mudando para os galegos a velocidade vertiginosa. Talvez no Museu da Língua Portuguesa admitiriam alguma colaboração para completar as suas informações sobre a Galiza. Se for esse o caso: Que Galiza deverão mostrar os galegos em São Paulo? Aquela tolheita e isolada pela sinistra Espanha antigalega, aquela que não aprende língua portuguesa e por isso não pode dialogar fluentemente com o Brasil? Ou aquela Galiza desperta, desinibida, segura de si, que usa a via da comunicação sem interferências nem complexos, que pega o caminho da modernidade pela autoestrada da Língua Comum?

Exposição no Itamaraty

Exposição no Itamaraty

Crónica fotográfica no Picasa

(*) Académica, membro da Comissão Executiva da AGLP.

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Rei Samartim, Isabel (1973)

 Isabel Rei Samartim

Nasceu na Estrada. Titulou-se em 1995 no Conservatório Superior de Música, da Crunha, acabando os estudos com o professor António Rocha Álvarez. Posteriormente completou a sua formação em cursos itinerantes com o grande músico David Russell e na Hochschule für Musik «Franz Listz» de Weimar (Alemanha) com Thomas Müller-Pering. No ano 1995 Caixa Galicia patrocina na cidade da Crunha o seu primeiro concerto.

Foi premiada no Ciclo de Jóvenes Intérpretes da Fundação Pedro Barrié de la Maza (Crunha, 1999), no Concurso Internacional de Guitarra de Cantabria (Comillas, 1999), no Concorso Internazionale di Chitarra Fernando Sor (Roma, 2001) e nos Concursos Internacionais de Guitarra Vila de Petrer (Alacant, 2002) e Andrés Segovia de Linares (Jaén, 2002).

Tem participado nos Festivais de Guitarra de Udine (Friuli, Itália, 2002, 2005, 2008) e Festival de Primavera (Vigo, 2004, 2005, 2006, 2007), atuando também no Via Stellae (Compostela, 2006) e Festigal (Compostela, 2007), na Semana do Corpus (Lugo, 2002) e nos Colóquios da Lusofonia (Bragança e Açores, 2006, 2007, 2009).

Foi sócia da Sociedade Cultural «Marcial Valadares» da Estrada e integrante do grupo social Assembleia da Língua. Tem participado na Sessão Inaugural da Academia Galega da Língua Portuguesa com a estreia da suite Deu-la-deu, para guitarra, do compositor Rudesindo Soutelo, e também com uma seleção de obras do espólio de Marcial Valladares, inteletual e músico galego.

Participou no Congresso de Cultura Popular (1999) organizado pela Câmara Municipal da Maia (Portugal) com a comunicação: «A recuperação da música do povo na Galiza: à procura de uma voz perdida» em colaboração com Mª Carmen Rodríguez Mayán.

Participou no congresso internacional sobre estudos em língua portuguesa Colóquios da Lusofonia nas edições de 2006, 2007 e 2009, com recitais de música e as comunicações «A guitarra no Arquivo Valladares: música galega na lusofonia» e «Guitarra e poesia: Rosalia de Castro e Avelina Valladares, escritoras e músicas da lusofonia».

Realizou a transcrição para guitarra de seis temas tradicionais rianjeiros intitulada Suite Rianjeira para guitarra, flauta, voz e percussão, estreada em Taragonha, Rianjo, no ano 2007. Estreou em 2008 a Sonata para guitarra em três andamentos (Allegro. Libremente. Scherzo) de Antonio Rocha.

Em abril de 2010 participa no Fórum Internacional da Lusofonia organizado em Brasília (Brasil) pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP. Toca no Rio de Janeiro e em Florianópolis, onde apresenta o primeiro volume da coleção de Clássicos da Galiza, Cantares Galegos, de Rosalia de Castro. Junto com José Luís do Pico Orjais realiza a edição crítica do Cancioneiro de Marcial Valladares, publicado em 2010 pela editora Dos Acordes com patrocínio da Central Folque e a Academia Galega da Língua Portuguesa.

Em abril de 2011 realiza a abertura do III Congresso Internacional sobre Cultura Céltica com um recital de melodias populares dos diversos países celtas arranjadas para guitarra, intitulado “Suite Céltica”. Em julho participa junto com Ugia Pedreira na homenagem a Rosalia de Castro, apresentando canções, arranjadas para canto e guitarra, do cancioneiro de Valladares. Em setembro consegue o Diploma de Estudos Avançados pela Universidade de Santiago de Compostela, USC, com o trabalho “Iconografia musical em Santiago de Compostela: do século XII ao XIX” .

Trabalha como professora de guitarra no Conservatório Superior de Música de Santiago de Compostela.

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Gonçales Blasco, Luís (1941)

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02 junho, 2011 | Hits:5916

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