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Homenagem a Guerra da Cal, vídeo-resumo do evento

Como primeira notícia do novo ano 2012 a Academia Galega da Língua Portuguesa apresenta o vídeo-resumo do Colóquio homenagem ao intelectual galego Ernesto Guerra da Cal (Ferrol, 1911 - Lisboa, 1994) realizado em Compostela, na sede da fundação CaixaGalicia, o dia 11 de outubro de 2011, com a participação dos pesquisadores e professores José-Martinho Montero Santalha, Joel R. Gomes, Carlos Durão Rodrigues, Enric Ucelay-Da Cal, Maria do Carmo Henríquez Salido, Xosé Luís Franco Grande e José Luís do Pico Orjais, e dos organizadores e público presente no ato.

No dia a seguir, 12 de outubro, teve lugar o III Seminário de Lexicologia, em que participaram os professores Evanildo C. Bechara e J. Malaca Casteleiro, junto do também vindo de terras portuguesas prof. José Pedro Ferreira e outros académicos da AGLP, Isaac Alonso Estraviz, António Gil Hernández, Ernesto Vasques Souza, Ângelo Brea Hernández, Celso Álvarez Cáccamo e Vítor Lourenço Peres.

Prevê-se que a homenagem galega ao professor ferrolano, iniciada no mês de outubro e estendida ao longo dos últimos meses do ano 2011, tenha continuidade com novos eventos e atividades durante o atual 2012. Dessa continuidade faz parte, como primeiro passo, a edição do DVD comemorativo em que se incluirá o vídeo-resumo e as entrevistas realizadas com os professores colaboradores do evento.

Como lembrança do, até o momento, nosso autor mais internacional e prolífico deixamos a parte final do seu poema “Descoberta”, publicado inicialmente em 1964 na revista do Brazilian Institute de Nova Iorque com apresentação de Antônio Houaiss, poema que é a um tempo biografia e mensagem, descrição e declaração de intenções bordadas com o leixa-prém camoniano:

    Um belo dia
de sol
                     insuspeitadamente
refloriu-me no peito
                                    a antiga flor
da saudade do Além
e da Boa Esperança
                     do Descobrimento

Calafetei a minha velha nau
                     e me lancei ao mar
com todos meus anseios
                                          renovados 

E fui direito a dar
                     ao teu Catai de Amor
                     por olhos nunca dantes navegados!

“Descoberta” (1964)

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